Shoppings passam por reinvenção para adaptar às novas tendências de consumo
A mudança no modo de consumo das pessoas com a pandemia, que impulsionou o comércio online, tem levado os shoppings centers a reavaliarem o seu negócio. Uma análise da Moody 's Analytics de 2021 aponta que cerca de 20% dos 1000 shoppings dos Estados Unidos vão fechar ou passar por um grande reaproveitamento. Esta é a prova de que a Nova Economia, que é a transformação digital mundial, principalmente do mundo dos negócios, já está mudando a realidade dos shoppings.
Cada vez mais, as pessoas buscam por locais com características de centros de convivência e que reúne arquitetura arrojada, espaços abertos,iluminação natural e áreas verdes. Ir ao shopping, portanto, passa a ser um momento de lazer, entretenimento e cultura. Para que isso aconteça, os malls precisam oferecer experiências que só podem acontecer off-line. Por isso, academias, spas, centro de eventos, galerias de arte e até espaço para a prática de esportes devem, cada vez mais, estar integrados aos shoppings.
Atenta a essa nova demanda, o Grupo EPO está construindo em Minas Gerais, na saída para o Rio de Janeiro, na BR-356, em Belo Horizonte, um empreendimento inovador, que vai revolucionar a experiência de compras e lazer dos frequentadores: o Espaço 356. Projetado pela BLOC Arquitetura, com uma área de aproximadamente 24.000 m², o shopping será o primeiro que seguirá o conceito 'lifestyle' no estado. O projeto teve um aporte de aproximadamente R$ 120 milhões.
“Não dá mais para os shoppings serem simplesmente um lugar onde as pessoas vão para comprar. Eles precisam fazer parte da rotina das cidades, ser espaços onde as pessoas vivem e convivem uns com os outros. Essa é a proposta do 356, um shopping do futuro”, destaca Rodrigo Campelo, superintendente do mall.
O empreendimento vai reunir, em um só lugar, cultura, arte, gastronomia e moda. “No Espaço 356 vamos desmistificar a ideia de que é preciso ir a vários locais para consumir o que é novo. Fizemos uma curadoria para oferecer aos frequentadores do 356 tudo que eles precisam e esperam de um shopping tradicional, somado a um ambiente gourmet, contemporâneo e que proporciona qualidade de vida”, pontua Rodrigo Campelo.
O Espaço 356 resgatará antigas referências dos locais de compra dos mineiros, contando com comércio variado onde o público encontrará de tudo. Como um verdadeiro armazém, onde as pessoas antigamente encontravam todos os itens de que necessitavam, o empreendimento será diverso e plural, contando com corredores temáticos, tudo isto num ambiente contemporâneo, despojado, aberto e de estética industrial. “O maior investimento dos últimos anos na região”, ressalta.
Em setembro a área de eventos do shopping foi palco do Festival Gastronômico "Minas é o Mundo", uma iniciativa da Globo, com realização do Projeto Aproxima. “O evento foi um sucesso e nosso espaço foi muito elogiado pelos visitantes. A amplitude da área de eventos, a arquitetura arrojada e a vista para a Serra do Curral tornou a experiência do público ainda mais mágica.E é isso que queremos sempre proporcionar aos frequentadores do Espaço 356, a oportunidade de vivenciar momentos únicos e inesquecíveis”, enfatiza Rodrigo.
Arquitetura arrojada e inovadora
O arquiteto urbanista Alexandre Nagazawa, sócio diretor da BLOC, explica que “a concepção arquitetônica foi pautada no retrofit da estrutura existente, aproveitando sua modulação e adaptando-a para um uso novo, requalificando não só o edifício, mas toda uma região”, conta. O projeto também objetiva valorizar a Serra do Curral e a Estação Ecológica do Cercadinho que podem ser vistas e apreciadas do Espaço 356.
“Com devido tratamento paisagístico e a total reutilização da estrutura dos antigos motéis, o projeto evidencia o que há de mais expressivo na edificação: a trama estrutural existente, escondida por uma grande parede cega na principal fachada do prédio antigo”, diz Nagazawa. Essa estrutura foi descortinada, reconfigurando o fluxo de circulação interno. “Assim, foi possível abrir o interior do edifício todo para fora, criar módulos de lojas e corredores com agradáveis ambiências e espaços de convivência abertos, iluminados naturalmente e com vegetação.
Nagazawa pontua que a inspiração tanto do retrofit quanto do formato de armazém, como um formato de comércio despojado e aberto, veio de outros equipamentos de sucesso no Brasil e de diversas regiões do mundo.
“Mas, é claro, buscamos antes as referências em casa, nas nossas origens mineiras e tropeiras, nos antigos armazéns dos caminhos de Minas, na forma única e marcante do Mercado Central aqui em BH, nos jardins do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo; depois atravessamos o oceano estudando o Mercado de San Miguel, em Madri, na Espanha; o Marché Dauphine, em Saint-Ouen, na França; e ainda o Schrannenhalle Munich, em Munique, Alemanha”, pontua o arquiteto urbanista.
Parcerias inovadoras
No momento, já fazem parte do Espaço 356 o primeiro Park Indoor de BH, um Centro Cultural que abrigará cursos assinados por profissionais de renome, além de eventos que acontecerão na Esplanada e Rooftop e a ativação de um raro vagão de trem que ganhará nova vida no ambiente.
“Estar no espaço 356 é imprescindível para o lojista que pretende mostrar a personalidade da sua marca e estar em um ambiente despojado que reúne tudo o que existe de diferente em BH, em um só lugar”, destaca o superintendente do Espaço 356.
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